Quais os erros que o leitor não deve cometer
Escritores podem cometer erros, como vimos em artigo neste site. Agora chegou a vez de analisar quais os erros que o leitor não deve cometer.
Porque, se um escritor comete erros, pode perder a oportunidade de escrever um bom livro.
E se o leitor comete erros, pode perder a oportunidade de ler bons livros.
Costuma-se dizer que um livro não deve ser julgado pela capa. Mas isso é apenas meia verdade.
Se o escritor se esforçou em apresentar uma boa capa, obviamente ele está visando aquilo que todo escritor deseja: vender bem os seus livros.
Mas na capa não está apenas a criatividade do designer contratado, como seguramente o título dado pelo autor, que pode (ou não) ser um título criativo.
Você pode gostar ou não de Milan Kundera. Mas fica difícil não reconhecer, em um dos seus mais famosos livros, a genialidade do título: A Insustentável Leveza do Ser.
É onde a capa pode influenciar. Neste caso, nem sempre pela imagem ou desenho do designer, mas pelo belo contraste (leveza versus insustentável) que nos remete à ideia de algo filosófico ou profundo.
A primeira impressão é a que fica
Diríamos a um escritor que a primeira página de seu livro pode ser crucial, porque o leitor, diante da dúvida que lhe ocorre ao ver a capa, provavelmente não resistirá à tentação de ler a primeira página.
Se está acostumado a determinado estilo, irá folhear mais o livro, para confirmar se o estilo se mantém.
Diríamos, então, que tudo num livro interessa, da capa à primeira página, até a última linha.
E entre os erros que o leitor não deve cometer está o de guardar algum preconceito em relação a qualquer escritor, seja qual for a origem desse preconceito. E do escritor, evidentemente.
Afinal, quais os erros que o leitor não deve cometer
A título de reflexão, vamos apresentar aqui quais os erros que o leitor não deve cometer, na nossa avaliação.
E você, caro(a) leitor(a), será o(a) juiz(a) que irá determinar qual, ou quais os pontos, que considera corretos se você já segue um determinado critério para a escolha de um livro.
O primeiro erro coincide com o que dissemos há pouco: é quando o leitor não tem uma mente aberta.
Ou seja: tem opiniões preconcebidas sobre um determinado gênero ou autor.
E pode, com isso, não dar uma chance justa ao livro.
É importante ter uma mente aberta e deixar-se envolver pela história para uma experiência de leitura mais completa.
Fatos históricos reforçam esse nosso pensamento.
Em nosso site direcionado a quem gosta de cinema, vimos que os nazistas perseguiram artistas e escritores de sucesso, rejeitando obras com base na ideologia que defendiam.
Ou seja: poderia ser um poeta ou um escritor de enorme talento. Mas era rejeitado terminantemente, por exemplo, se fosse de origem judaica.
Aliás, regimes totalitários, como o nazismo e o comunismo (leia mais adiante), sempre queimaram livros considerados perigosos para o regime.
Na Alemanha nazista ocorreu a queima de livros em 1933, visando banir autores judeus, comunistas ou contrários ao regime, como Karl Marx, Sigmund Freud e Albert Einstein.
Na antiga União Soviética, muitos livros foram censurados ou proibidos, e em alguns casos queimados, como parte da política de controle ideológico do Estado.
A histórica queima de livros
A propósito, prática de queimar livros em praça pública ocorreu em diversos períodos da história da humanidade.
Isso sempre aconteceu como uma forma de censura ou de controle de ideias e de informações consideradas perigosas ou subversivas pelas autoridades ou grupos dominantes.
E isso se verifica desde a Idade Antiga, segundo relato do historiador grego Heródoto.
Segundo ele, o faraó egípcio Ramsés III ordenou a queima de todos os livros do templo de Ptah em Memphis, em cerca de 1150 a.C.
Na Grécia antiga, a filosofia de alguns pensadores, como Sócrates, Platão e Aristóteles, era considerada subversiva. E os livros desses autores foram banidos ou queimados, em alguns casos.
Lembramos ainda que, durante a Idade Média, a Igreja Católica tinha grande poder e influência sobre a sociedade. E, muitas vezes, censurava ou queimava livros considerados heréticos ou contrários à doutrina oficial.
Em 1184, o Papa Lúcio III promulgou a primeira bula papal contra a heresia, que ordenava a destruição de todos os livros albigenses (um movimento religioso considerado herético) na França.
Na Espanha, a Inquisição também queimou muitos livros considerados subversivos.
Durante o Renascimento e a Reforma Protestante, houve um aumento da produção e circulação de livros, bem como da censura e da queima de livros.
A Igreja Católica continuou a perseguir livros considerados heréticos. E, em 1559, o Papa Paulo IV criou o Índice de Livros Proibidos, que incluía obras de autores como Galileu Galilei e Nicolau Copérnico.
Já na Inglaterra, a rainha Maria I, conhecida como Maria Sangrenta, mandou queimar muitos livros protestantes durante seu reinado.
Erros primários que o leitor não deve cometer
Existem, também, os erros primários que os leitores cometem com frequência. E que acabam por tirar o sabor da leitura e impedir que conheçam escritores de qualidade reconhecida.
Ler um livro com pressa ou sem se concentrar, por exemplo, pode levar a uma compreensão limitada do conteúdo.
É importante prestar atenção aos detalhes e à estrutura da narrativa para entender completamente a mensagem do autor.
Algo não tão raro, como pode parecer, são os leitores que se sentem tentados a pular partes do livro que consideram menos interessantes.
No entanto, isso pode fazer com que eles percam informações importantes ou até mesmo percam a trama principal.
Quando encontram palavras desconhecidas ou referências culturais que não entendem, muitos leitores costumam, simplesmente, pular esses trechos.
Porém, é importante buscar ajuda e procurar o significado dessas palavras para obter uma compreensão completa do texto.
É preciso, em resumo, ter em mente que a leitura é uma atividade enriquecedora.
Ao se concentrar em compreender os livros, os leitores podem expandir seus horizontes e melhorar sua compreensão do mundo.
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