A incrível mania de errar no Português
Já fizemos um post sobre esse tema. Porém, as coisas estão piorando a cada dia. Isso revela a incrível mania de errar no Português, que parece ter contaminado os brasileiros.
Estamos caracterizando esse fato como uma mania, porque todos os erros (ou, pelo menos, a grande maioria) são banais.
Pode-se dizer que acertar não exigiria especialização no estudo do idioma. Mas apenas disposição para acertar, mesmo com o mínimo de conhecimento gramatical.
Ou mesmo sem as noções básicas que são ministradas nas escolas, mesmo diante do fraco sistema de ensino resultante da negligência de sucessivos governos em relação ao ensino público.
A situação é grave nos meios de Comunicação. E, o que não nos parece uma coincidência, agravou-se bastante depois do fim da obrigatoriedade do curso de Jornalismo para o exercício da profissão.
Exatamente por isso, os exemplos que colhemos (e que estão sendo mostrados entre os parágrafos deste nosso artigo) foram obtidos a partir, exatamente, de publicações nos meios de comunicação.
Há também uma flagrante evidência de péssimo estilo, com vícios como o uso de expressões como o mesmo ou a mesma no lugar de pronomes pessoais.
Do uso da crase, nem se fala. Se há algo que pode ser considerado raro é encontrar um acerto sequer.
Já encontramos coisas como estádia em vez de estadia, separação de sujeito/predicado com vírgula e uso da crase antes de masculino.
O mais grave é que, além de erros primários, muitos tornam a frase ininteligível ou de péssimo gosto.
O que estão fazendo com a Língua Portuguesa é uma verdadeira bagunça. E sem o menor sentido.
Isto porque, como já salientamos, são questões que nem sequer exigem um conhecimento muito aprofundado do idioma.
E o que torna isso mais grave é que todos esses erros têm efeito multiplicador.
Ou seja: quem já tem má vontade passa a repeti-los e a se tornar ainda mais displicente em relação ao chamado idioma pátrio.
Filólogos não contribuem para estancar esses desvios e descuidos.
Preocupam-se em fazer sucessivas reformas da Língua Portuguesa, sob o pretexto de que a intenção seria a de padronizar o idioma.
Ora, sabemos que isso não passa de ilusão ou de mentira descarada.
Fala-se e escreve-se até hoje, em países como Portugal (e nos demais onde se fala o Português) da mesma forma como se falava e se escrevia antes de todas as reformas.
O objetivo dessas reformas? Já surgiram suspeitas, ou boatos (quem sabe?) de que seria uma forma de atender aos interesses das editoras, a partir da exigência de que obras antigas sejam reeditadas para atender às mudanças impostas por essas reformas.
E que, assim, leitores assíduos (raridade no Brasil) passariam a adquirir as novas edições em respeito às novas normas.
Não se prega aqui exigência de adoção de rigidez da denominada norma culta.
O que se defende é que regras básicas, de fácil entendimento, sejam respeitadas.
Todos sabemos que qualquer idioma está sujeito a mudanças ao longo do tempo.
Que não se entenda isso como liberdade de bagunçar o Português, como acontece hoje, com cada cidadão sentindo-se no direito de inventar sua própria gramática.
O Brasil vive um momento conturbado, em que correntes ideológicas permanecem em permanente conflito.
Que não se faça da Língua Portuguesa um elemento a mais para transformar o Brasil numa imensa Torre de Babel.
Já é mais do que suficiente o caos resultante da luta ideológica.
Não vamos reforçá-lo promovendo um caos linguístico absolutamente desnecessário.
Da forma como as coisas caminham, Camões já se revirou no túmulo por várias vezes.
Pelo menos em respeito ao morto, cessem com a bagunça, ainda que encarem esse respeito como único motivo para estancar o caminho para uma nova Babilônia, em que as pessoas pararam de se entender.
É providência urgente dar um basta à incrível mania de errar no Português.
Um simples desafio a você, caro (a) leitor (a)
Com direito a recompensa.
Quem primeiro apontar todos os erros cometidos, em todas as imagens inseridas entre os parágrafos, ganhará um exemplar, em edição digital, do e-book anunciado, acompanhado do respectivo bônus.
Basta nos enviar, no prazo de 3 (três) dias após esta publicação, as correções, uma a uma, preenchendo o formulário abaixo deste artigo.
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