A história proibida que virou livro
A professora Mary Kay Letourneau, aos 36 anos de idade, manteve relações sexuais com seu aluno de 13 anos e foi condenada a seis anos de prisão. Essa é a história proibida que virou livro. Mas vem muito mais por aí.
E não se trata de ficção. O fato aconteceu nos Estados Unidos. E teve repercussão internacional.
Gerson Menezes leu essa história numa revista e, imediatamente, concluiu: “Isso dá um livro”. Era o faro de jornalista lhe mostrando que se tratava de uma história para virar manchete. Que, por coincidência, era o nome da revista que publicou a história no Brasil.
Assim nasceu Sinfonia para Justine, a adaptação livre da história real de Mary Kay Letourneau, “culpada de estupro em segundo grau, por ter um bebê com um menino de 13 anos”.
Tudo isso aconteceu em Seattle (EUA). Mary Kay, que veio a falecer de câncer em 2020, era filha de John Schmitz, ex-congressista conservador da Califórnia. Ela sofria de transtorno bipolar, doença maníaco depressiva. Era casada e já tinha quatro filhos com outro homem quando se apaixonou pelo garoto.
Foi quando ainda estava casada que se tornou professora do menino com quem se envolveu, e com quem acabou tendo duas filhas, sendo que a segunda foi gerada depois que ela já havia sido presa.
A história verdadeira que virou livro e repercutiu no mundo todo
Com repercussão internacional, inclusive no Brasil, a história verdadeira foi tema de reportagem, publicada pela extinta revista Manchete, edição 2393, de 14 de fevereiro de 1998.
Sinfonia para Justine não é um relato biográfico, mas sim a adaptação livre da história real, onde o Autor insere elementos que geram uma oportuna identificação com o Brasil e tornam o romance instigante, apaixonante, com algum clima de mistério.
O verdadeiro desfecho da história nem poderia ter sido contado no livro, que foi lançado muito antes de toda a família se transformar em destaque estrondoso nas publicações pelo mundo afora..
Depois que saiu da cadeia, em liberdade condicional, e embora estivesse proibida pela Justiça de reencontrar o garoto, Mary Kay acabou sendo flagrada dentro de um carro em companhia de seu amante adolescente. E teve que voltar para a cadeia, já grávida da segunda filha.
Impossível dispensar o trocadilho: Mary Key era prisioneira de uma paixão irresistível. Tanto que, após cumprir a pena, acabou se casando com o menino depois que ele conseguiu derrubar a proibição de se reencontrarem.
Muito depois do lançamento do livro, a história real da professora teve desdobramentos surpreendentes. Foi o garoto que tomou a iniciativa de derrubar, também por via judicial, a proibição de se reencontrar com a professora.
E ainda não é tudo: casou-se com ela, permaneceram juntos durante 12 anos e se divorciaram. Mas o divórcio teria sido apenas um pretexto para o já adulto ex-aluno conseguir um emprego. Segundo ainda o noticiário, Mary Kay Letourneau morreu de câncer aos 58 anos de idade.
Na adaptação livre feita pelo Autor, esse desfecho não poderia ter sido contado, como já foi explicado. Com isso, a história proibida que virou livro acabou recebendo o selo de inspirada em fatos reais.
No livro Sinfonia para Justine foram inseridos novos elementos para atiçar a curiosidade do leitor. E a personagem principal ganha novas características, com pinceladas de sensualidade.
Na adaptação livre da história real, Mary Kay Letourneau ganha o nome de Justine. É uma jovem norte-americana criada na França, que retorna aos Estados Unidos para ir ao encontro de seu antigo amante, um viajante com quem havia iniciado relações ainda em Paris.
Mas, depois de algum tempo após retornar à antiga pátria, Justine se envolve com Robledo, dando início à sua trajetória de “perdição e tragédia”.
Paralelamente, surge o drama da “amiga de Beatriz”, namorada do Autor, o brasileiro que narra a história e que, assim, se transforma também num dos personagens.
A adaptação livre foi construída de modo a tornar a história ainda mais atraente e curiosa, com ingredientes e estilo de narrativa direcionados tanto ao público adulto como a adolescentes, que, sem dúvida, irão se identificar com muitas passagens do livro.
A história real de Mary Kay Letourneau teve explosiva repercussão nos Estados Unidos e em vários países. Basta digitar o nome dela no Google para ter uma dimensão dessa repercussão, com várias reportagens, entrevistas televisivas e vídeos no YouTube.
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